Estrada Real – capítulo a parte
Criada para garantir o controle da extração e do recolhimento de tributos sobre o ouro e os diamantes, a Estrada Real compreende um conjunto de caminhos que foram oficializados pela Coroa portuguesa entre os séculos XVII e XVIII. Essas rotas aproveitavam antigas trilhas e picadas abertas antes mesmo da descoberta do ouro, em decorrência da presença e deslocamentos de indígenas, colonizadores, bandeirantes, tropeiros, entre outros.
O percurso exato dessa via ainda não foi inteiramente identificado pela pesquisa histórica. Sabe- se, entretanto, que constituía-se numa extensa rota que ligava a região do Recôncavo ao vale do rio das Velhas, abastecendo de gado a zona mineradora,
O seu percurso iniciava-se na cidade do Salvador, em direção ao Recôncavo, onde acompanhava as margens do rio Paraguaçu até alcançar Tranqueira, na região da vila de Rio de Contas. Daí, o caminho prosseguia até às margens do rio São Francisco, acompanhando o seu curso até Barra do rio das Velhas. Buscando impedir que ouro e diamantes fossem contrabandeados ou roubados ao longo do seu transporte, a Coroa portuguesa aprimorou a forma de controlar a extração e o escoamento, garantindo a coleta dos impostos. Determinou, também, que todo o escoamento dos metais deveria ser feito apenas por caminhos oficiais, que passaram a ser vigiados e receberam o nome de Estrada Real. Esse trecho (ao lado do Raposo Chalé) aberta a mais de 300 anos, mantém ainda fragmentos de calçamento bem preservados.
• Cachoeira do Raposo
• Cachoeira do brumado
• Trecho do calçamento
• Vista para o vale